Olá, people! Faz tempo que não faço um post aqui. A vida está corrida e infelizmente não tenho tido tempo de me dedicar nem ao blog, nem à música nem ao G.A.S. e os equipos maravilhosos (um pouquinho sempre dá, vai). Fim-de-semana passado fui à Expomusic 2014. Ano passado, 2013 acabei não conseguindo ir, já estava na batalha. E a “cobertura” de 2012 está nesse link.
A organização do evento melhorou bastante em relação a 2012. Apesar de eu ir no sábado, dia de maior movimento, a compra dos ingressos foi super rápida e com gente indicando onde comprar. Alguns balcões tinham canetas para o preenchimento de fichas e cupons de sorteio.
No geral, a feira ainda continua sendo um local para ver, mais do que experimentar. Isto é especialmente válido no final-de-semana – é muita gente gente circulando por lá. Stands de grandes marcas evitam dar instrumentos na mão da molecada, deixando apenas os instrumentos expostos e dando uma olhada pra ninguém mexer – sai, moleque! Outros, geralmente menores, se não permitem o teste pelo menos tem uma pessoa demonstrando sob demanda. Em outros casos, músicos contratados fazem as demonstrações.
A Tagima tem um espaço enorme dentro da feira, que permitiu que eles tivessem: banda tocando em um palco central; área com os instrumentos expostos e não travados (dava para mexer e “olhar com a mão”; área de testes (não vi pois tinha fila na porta), ônibus Tagima Experience e mais uns locais para falar com o pessoal da Tagima. Fiquei impressionado com a qualidade (pelo menos de acabamento) dos instrumentos que estavam à mostra. Não pude testar o som, mas se a ideia de colocar o Zaganin para supervisionar a produção era ter instrumentos da China com qualidade, deu certo.
Abaixo, a foto da Tagima de dois braços Edu Ardanuy e depois a foto do muleque idiota mal-educado, razão-desse-país-não-ir-pra-frente que entrou com tudo na minha frente na hora que eu ia tirar a foto, tirou a guitarra do stand de qualquer jeito (já tentou tirar uma guitarra de dois braços de um suporte de parede? Experimente fazer isso com um QI 12) e ficou fingindo que sabia tocar pros amiguinhos. Sábado na expomusic tem disso, muito disso.Moleque idiota tocando a Tagima Edu Ardanuy
Nesse ano, tinha menos gostosas nos stands, é a crise e distribuição de renda. Alguns espécimes aqui e acolá, mas que no geral não parecem atrair muito o público, pois não sabem nada sobre os equipamentos. Destaque pras moças do stand de teclados Tokai (meu órgão), MeteOro, Borne Amplificadores e mais umas outras empresas de iluminação que não lembro.
Falando em Meteoro, eles estavam novamente com o stand metálico (bem legal). Muitos amplificadores expostos, alguns parecem bem bacanas e segundo as letras miúdas na parte de trás, parecem feitos no Brasil. Válvulas Sovtek e acabamento bom. Nenhum local para testar os amplis de novo. Tinha um local com bandas (desconhecidas para mim) tocando… Meteoro Garage ou algo assim. Não fiquei pra ver. Vi um amplificador de teclado da Meteoro, chamado Vibratone – seria tipo um Leslie? Curti o vizu vintage… O Chopp dos carrinhos esse ano era da Devassa, 10 dilmas o copo de 500ml (dobro do preço de 2012, pros que dizem que a inflação reportada é real). Vamo que vamo, fazêoquê. Acima, a foto de um músico demonstrando os amplificadores Hiwatt. Aqui cabe um comentário sobre a falta de engenheiros de som. Não da Hiwatt, mas de outros stands que não vou mencionar o nome. Na verdade, a Hiwatt foi um excelente exemplo de um stand pequeno com excelente qualidade de som. Era possível ouvir claramente o som e perceber a qualidade do equipamento. Idem para os stands da Taylor, Laney (foto abaixo) e Hartke.Fiquei chocado com stands de equipamentos considerados bons (mesmo na linha de P.A.s e amplificadores), assim como amplificadores boutique em que mal se ouvia o amplificador. Ficou a impressão que ganharam o stand de graça com a condição de passar vergonha. Deve ter falta de Engenheiro de Som no mercado, ou falta de vergonha na cara ou interesse.
Acima, stand dos importadores da Egnater (e outros), vazio pois não tinha demonstração (chupa, kharma!). Lembro em 2012 de um gringo mal-educado ficar de olho enquanto eu testava os amplis. Bem feito. Sem demo, sem público.Foi possível notar também a invasão dos produtos chineses no mercado. Felizmente, a maioria com uma qualidade extremamente superior ao que víamos há 2 anos. Espero que não estejamos ajudando a fomentar a escravidão moderna.
Além disso, stands de empresas sem marca chinesas, importadoras que se propõem a criar lotes de equipamentos e instrumentos com a sua marca. Preconceito ou não, esses stands estavam geralmente vazios, com chineses olhando o movimento sem nada entender.
Acho que em 2012 também não tinha tanto: stands de empresas de iluminação e estrutura para palco. Acho que os Leds baratearam de lá pra cá.Achei legal a presença do pessoal da Creation FD, com um stand até que grandinho, bandas demonstrando os equipos e uma equipe comercial engajada em ajudar e passar informações. Abaixo, um case em aço com rodinha e puxador, muito loucos esses pedalboards deles. Estão também fazendo uns pedais, além do interessante looper com tela e chip para gravação de presets. Alô Creation FD, aceito um para fazer um review!
Acima, gordinho apavorando a galera no stand da Habro Music, que ainda me deve uma camiseta. São os importadores de diversas marcas, com ESP e PRS. Mas eu não gosto deles porque me devem uma camiseta. E aí, claro, temos que falar dos grandes destaques. O trabalho impecável do Márcio Zaganin (foto acima). O Augusto Pedrone, que não sei se estava presente em 2013, mas fiquei feliz de ver em 2014 com um Pedrone Super Clean, Pedrone Pegasus 18, Overdone e um (que acho que não falou o nome, apenas que era na linha Soldano) para Metal. Dei uma brincada dos os amplis, puxei papo com o Pedrone, convenci uns caras que são os melhores amplis handmade do Brasil (Pedrone me deve uma) e fiquei de queixo caído com o som do Overdone (me pareceu bem na linha dos Fender Twin / Deluxe. Senti falta do Ivan e a Music Maker (que também não estava em 2012) e do Paulo Acedo da Acedo Audio.
Os stands devem ser caros, sem falar em todo o trabalho que dá… senão com certeza seria legal ver o luthier Sérgio Buccini, o pessoal da Malagoli Captadores, etc.
Até 2015!